sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Show Vidala estreia em Florianópolis

O Show Vidala vai estrear em Florianópolis.
Em versão original (violão e voz).

Dia 5 de novembro de 2010 (sexta) às 21:30h

Na Pizzaria Saint Germain

Endereço:
Rua das Palmeiras, 123
Lagoa da Conceição, Florianópolis / SC

O cd gravado em Porto Alegre entre 2009 e 2010 por Rodrigo Avellar de Muniagurria estará a venda no local.

domingo, 30 de maio de 2010

cartazes






Fotos





Histórico do show

O processo de criação de Vidala começou em dezembro de 2004, em Florianópolis, com a composição de "Pachamama". O ponto de partida foi voltar a escrever as letras das minhas músicas depois de um longo período trabalhando em cima de poesias. O resto das músicas foram compostas em Florianópolis em 2005, exceto "Canção final" (Porto Alegre, 2006). O trabalho foi composto linearmente, na sequência em que é ouvido. Isto porque a narrativa foi construída passo-a-passo e as músicas foram seguindo essa narrativa. Um detalhe interessante é destacar que se por um lado a narrativa guiou a composição das músicas, as letras foram construídas em cima das melodias adaptando-as ao ritmo musical, diferente do processo de "Poetas" (2003) em que o ritmo da palavra guiou a música.

Vidala foi apresentado até a presente data só em Porto Alegre:

- 1 de junho de 2006 no Teatro de Arena.
- 14 de novembro de 2006 no Auditorium Tasso Correa (Instituto de Artes da UFRGS).
- 21 de maio de 2007 na Mostra de Música Contemporânea na Usina do Gasômetro.
- 14 de julho de 2007 no Restaurante Tablado Andaluz.
- Entre agosto e dezembro de 2008 no bar 512 (temporada de 10 apresentações).
- 7 de maio de 2010 no espaço cultural Levo.

Todas as apresentações foram feitas na versão original (violão e voz). No Teatro de Arena o violão foi amplificado e processado por pedaleira, na Mostra de Música Contemporânea e no Tablado a voz e o violão foram amplificados (mas não processados). Na Mostra, Cuca Medina foi convidada para improvisar com voz processada. O resto das apresentações foram feitas em formato completamente acústico.

CD Vidala


As músicas do show Vidala fazem parte do CD homônimo. A única exceção é a vidala "Subo" (de autor anônimo) que incluo como introdução ao espetáculo em algumas apresentações.

Ficha técnica:

Músicos:
Alexandre Fritzen da Rocha - voz em Flagelantes
Cuca Medina - voz em Flagelantes, O portal e Aonde vc vai?
Kelly Boeira Dihl - voz em Flagelantes
Marcelo Villena - violão e voz em todas as faixas; maracá em Pachamama e Flagelantes; flauta doce soprano em Pachamama, Deserto da noite, Flagelantes e Agua que cae del monte; bombo legüero trucho em Pachamama, Deserto da noite, Flagelantes e Agua que cae del monte; baixo em Pachamama, Deserto da noite, A carta (opressão) e Canção final; violino em Recuerdos e Agua que cae del monte; pratos em Recuerdos, Deserto da noite e Canção final; calça em Recuerdos; samples em Eternamente acordados e Aonde vc vai?; guitarra em A carta (opressão); sabre chinês em Flagelantes; apito do Pará em Flagelentes e Aonde vc vai?.
Renata Machado - voz em Flagelantes
Rodrigo Avellar de Muniagurria - guitarra em Pachamama, Flagelantes, O portal e Canção Final; bombo legüero trucho em A carta (opressão).
Talita Tibola - voz em Agua que cae del monte.

Todas as letras, músicas e arranjos de Marcelo Villena.
Gravação, mixagem e masterização: Rodrigo Avellar de Muniagurria.
O cd foi gravado e editado no estúdio caseiro de Rodrigo entre fevereiro de 2009 e maio de 2010.

sábado, 29 de maio de 2010

Tradução das letras / traducción de las letras 2° parte

06. Flagelantes

por el rito hago todo igual / dejo la tempestad dominarme en paz / que todo parece cuebierto de penas / por el rito hago todo igual / sigo la procesión en las montañas en paz / que todos parecen estatuas de arena / por la danza voy perdiendo / la piel del jaguar / en la guerra de las marionetas loquitas

07. Água que cai do monte

quando passar o vento norte / norte sempre é agasalho / rezam os homens suas taças / pra afundar no esquecimento / eu sou cantor das terras / de quem se esconde do céu / perdido nestes bosques / que criou meu consolo / terra de prata / terra de argila / me envolve nos teus braços / quando o vaso me cubra / comigo irá tua lembrança / saberás que arde a ferida / que me deixou teu silêncio / se não soubeste chorar por mim / me chorará uma vidala / quebrando o fio do vento / as cordas de um violão / terra...

08. El portal

toma esta copa de vino / que necesito saber / porque estás vestida / con el color crepúscular / veo las montañas de la diosa / allá hay un gran portal / y ellas parecen distantes / tanto como mi paz / adonde vas

09. Adonde vas

adonde vas / yo conozco los caminos / yo nací en las montañas / adonde vas / el camino es de piedras / que bueno es tener manos amigas / adonde vas / tengo locro calentito / sabrocito para que lo chupes / tengo chicha super / para que pieses demasiado / adonde vas

10. Canción final

dejaste en mi la joya rara / hecha del llanto de la diosa / cuando se traga el sol / caigo en la ruta / después de acordarme / de aquellos labios / que no puedo recordar más / me veo en el fondo del río / el sol brillante en las piedras / no veo el fondo de nada / veo mil ojos desesperados / arrastrándome... / veo el portal en fin / veo esos rayos / atravesando el cielo de estaño / el sol decide cubrir de lentas sombras / las bellísimos urnas de barro / veo cuando fui mar / cuando fui silencio / tantas telas de araña / hechas con amor / arrastrándome... / y quiero descansar de tu abismo / siento que llegó el momento de la despedida / adiós

Tradução das letras / Traducción de las letras

01. Pachamama

madre querida yo vuelvo / a tocar tu canción / que tiene en el grito de muerte / su forma de expresión / la vida nace de la tierra / pero un día va a volver / a ser piedra en el camino / que no sabe más llorar / cuando recuerdo los días perdidos / en el desierto de Almenara / entre ruinas y misterios / voy cantando una vidala
ay de mi, viday / yo no tengo más silencio

02. Lembranças

a água do rio está quieta / não passou gente por vários dias / sua margem está cheia / de folhas que esperavam o outono / eu passei com ela por aqui / tivemos um bom sonho / o bosque nos protegia / e ríamos sem parar / mas hoje isso é tão distante / não posso vê-la mais aqui / nem acaso nas minhas lembranças / tanto tempo perdido / tanto desejo inútil / a água do rio está quieta / nenhuma lembrança pode mexê-la

03. Desierto de la noche

desierto de la noche / quien me va a buscar / un alma perdida que vive llorando / no sé recordar / en el medio de la noche / vino a anunciar / su sacrificio a mi dios tutelar / no sé recordar / muerte que cierra los caminos / decime por que sentí placer / en aquel sueño bizarro / en que por fin la estrangulé / cuando me desperté ella estaba a mi lado / helada y petrea / desierto de la noche... / oí a la abuelita diciendo: / 'por que la suicidaste' / tu vida entera cubierta de sangre / desiero de la noche...

04. Eternamente despierto

quien canta por mi / es una canción / que me fue dictada / por quien / no sé / como cuando la sombra / me espera / o tira pa' trás / ella sabe por que vivo ocultandome / ella sabe / pero no va a decírselo a nadie / no hay voces acá / todas se fueron a dormir / pero yo me quedo / eternamente / despierto

05. La carta (opresión)

subo a las montanhas / no tengo corazón / fue llevado por el viento / que me marcó / subo a las montañas / me voy congelando / será que no te das cuenta / que dí la vida por vos / así como a vos te parece que viviste por mi / subo a las montañas / me voy congelando / tuve que abandonar el culto del sol / hacer la peregrinación / tuve que quedarme sin nada / subo... / fuiste deciediendo lo que era apropiado para mi / vos hablaste y yo dije 'si' / subo... / cuando me di cuenta / de que no era más dueño de mi / el dios pidió para salir

sábado, 1 de maio de 2010

Letras do show (2° parte)

6. Flagelantes – pelo rito faço tudo igual / deixo a tempestade me dominar em paz / que tudo parece coberto de penas / pelo rito faço tudo igual / sigo a procissão nas montanhas em paz / que todos parecem estátuas de areia / pela dança vou perdendo / a pele do jaguar / na guerra das marionetes doidinhas


7. Agua que cae del monte – cuando pase el viento norte / norte siempre es buen abrigo / rezan los hombres sus copas / pa’ hundirse en el olvido / yo soy cantor de los pagos / de quien se esconde del cielo / perdidito en estos bosques / que ha creado mi consuelo / tierra de plata / tierra de arcilla / envolveme entre tus brazos / tierra de plata / tierra de arcilla / envolveme ya / cuando la urna me cubra / conmigo irá tu recuerdo / sabrás que arde la herida / que me dejó tu silencio / si no supiste llorarme / me llorará una vidala / rompiendo el hilo del viento / las cuerdas de una guitarra / tierra de plata…

8. O portal – bebe esta taça de vinho / que necessito saber / porque você está vestida / com a cor do entarcecer / vejo as montanhas da deusa / lá tem o grande portal / e elas parecem distantes / tanto quanto a minha paz / - aonde você vai?

9. Aonde você vai? – aonde você vai? / eu conheço os caminhos / eu nasci nas montanhas / aonde você vai? / o caminho é de pedras / como é bom ter mãos amigas! / aonde você vai? / tenho locro quentinho / gostosinho pra você lamber / tenho chicha aditivada / pra você pensar demais / aonde você vai?

10. Canção final – você deixou em mim / a jóia rara / feito do pranto da deusa / quando engole o sol / caio na estrada depois de sangrar / aqueles lábios que não posso mais lembrar / me vejo no fundo do rio / o sol brilhante nas pedras / não vejo o fundo de nada / vejo mil olhos desesperados / me arrastando... / vejo o portal em fim / vejo esses raios / atravessando o céu de estanho / o sol decide cobrir de lentas sombras/ os belíssimos vasos de barro / lembro quando fui mar / quando fui silêncio / tantas teias de aranha / feitas com amor / me arrastando... / e quero descansar do teu abismo / sinto que chagou o momento da despedida / adeus

Letras do show

1. Pachamama – minha mãe querida eu volto / a tocar tua canção / que tem no grito de morte / sua forma de expressão / a vida nasce da terra / mas um dia vai voltar / a ser pedra no caminho / que não sabe mais chorar / quando lembro dos dias perdidos / no deserto de Almenara / entre ruínas e mistérios / vou cantando uma vidala / ai, de mim, viday / eu não tenho mais silêncio

2. Recuerdos – el agua del río está quieta / no pasó gente por varios días. / sus bordes están llenos / de hojas que esperaban el otoño / yo pasé con ella por acá / tuvimos un buen sueño / el bosque nos protegía / reíamos sin parar / pero hoy todo es tan lejos / ya no soporto verla acá / no siquiera en mis recuerdos / tanto tiempo gastado / tanto deseo inútil / el agua del río está quieta / ningún recuerdo la puede mover


3. Deserto da noite – deserto da noite / quem vai me buscar / uma alma perdida que vive a chorar / não sei mais lembrar / no meio da noite veio a anunciar / o seu sacrifício ao meu deus tutelar / não sei mais lembrar / morte que fecha os caminhos / me diz porque senti prazer / naquele sonho bizarro / em que por fim a estrangulei / quando acordei ela estava ao meu lado / gelada e pétrea / deserto da noite... / ouvi a vovô dizendo ‘por que você a suicidou?’ / ‘tua vida inteira coberta de sangue

4. Eternamente acordado – quem canta por mim / é uma canção / que me foi falada / por quem? / não sei / como quando a sombra / me espera / ou fica me puxando / ela sabe porque vivo me ocultando / ela sabe / mais não vai falar / pra ninguém / não tem vozes aqui / todas foram dormir / mas eu fico / eternamente acordado

5. A Carta (opressão) – subo as montanhas / não tenho coração / foi levado pelo vento / que me marcou / subo as montanhas / vou congelando / será que você não percebe / que eu dei a vida por você / assim como você acha / que viveu por mim / subo as montanhas / vou congelando / tive que abandonar o culto do sol / fazer a peregrinação / tive que ficar sem nada / subo as montanhas / vou congelando / você foi decidindo / o que era bom pra mim / você falou / e eu disse ‘sim’ / subo as montanhas / vou congelando / quando eu me toquei / de que não era mais / dono de mim / o deus pediu pra eu sair

Letras do show

1. Pachamama

minha mãe querida eu volto / a tocar tua canção / que tem no grito de morte / sua forma de expressão / a vida nasce da terra / mais um dia vai voltar / a ser pedra no caminho / que não sabe mais chorar / quando penso nos dias perdidos /no deserto de Almenara / entre ruinas e mistérios / vou cantando uma vidala / ai de mim, viday! / eu não tenho mais silêncio

2. Recuerdos

el agua del río está quieta / no pasó gente por varios días / sus bordes están llenos / de hojas que esperaban el otoño / yo pasé con ella por acá / tuvimos un buen sueño / tuvimos un buen sueño / el bosque nos protegía / reíamos sin parar / pero hoy todo es tan lejos / ya no soporto verla acá / ni siquiera en mis recuerdos / tanto tiempo gastado / tanto deseo inútil / el agua del río está quieta / ningún recuerdo la puede mover

3. Deserto da noite

deserto da noite / quem vai me buscar / uma alma perdida que vive a chorar / não sei mais lembrar / no meio da noite veio a anunciar / o seu sacrifício ao meu deus tutelar / não sei mais lembrar / morte que fecha os caminhos me diz porque senti prazer / naquele sonho bizarro em que por fim a estrangulei / quando acordei ela estava ao meu lado / gelada e pétrea / deserto... / ouvi a vovó dizendo: / por que você a suicidou? / tua vida inteira coberta de sangue! / deserto...

4. Eternamente acordado

quem canta por mim / é uma canção / que me foi falada / por quem / não sei / como quando a sombra / me espera / ou fica me puxando / ela sabe porque vivo me ocultando / ela sabe / mas não vai falar pra ninguém / não tem vozes aqui / todas foram dormir / mas eu fico / eternamente / acordado

5. A carta (opressão)

subo às montanhas / não tenho coração / foi levado pelo vento / que me marcou / subo às montanhas / vou congelando / será que você não percebe / que eu dei a vida por você / assim como você acha / que viveu por mim / subo... / tive que abandonar o culto do sol / fazer a perregrinação / tive que ficar sem nada / subo... / você foi decidindo o que era bom pra mim / você falou / e eu disse 'sim' / subo... / quando eu me toquei / de que não era mais / donmo de mim / o deus pediu pr'eu sair

Show Vidala


Vidala é um show de canções de Marcelo Villena.
O nome remete a um estilo folclórico do noroeste argentino. A vidala é vista aqui como uma forma de expressão das dores profundas, para lavar a alma. A sequência de canções está relacionada a uma narrativa: um homem branco urbano de uma cidade argentina ou brasileira mata sua mulher em sonhos. Ao acordar comprova que ela está morta. Desesperado, tenta entender esse mistério como um sacrifício ritual exigido pelos deuses antigos e decide ir em busca do destino no altiplano boliviano.
As músicas do show combinam elementos da vidala tradicional com dark-rock, mpb e música clássica.