quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Memorandum

Vidala estreou em 1 de junho de 2006. A primeira apresentação, no Teatro de Arena (Porto Alegrre) foi produzida por Guilherme Darisbo, que naqueles tempos agitava o coletivo Antena de ruidistas. Na ocasião, Anya Tamayo Velarde cantou e tocou violino. Além de contar com essa convidada de peso, o show teve algumas diferenças substanciais com o formato posterior: a canção Flagelantes voltou depois de Água que cae del monte tocada em suporte fixo (tape) alterada com plug-ins, representando a procissão de crentes voltando bêbados do ritual nas montanhas. Houve também a inclusão de um improviso de violino sobre um fundo gravado que era um processamento eletrônico sobre um órganum de Notre Dame (Leoninus, mal que me lembre). O outro diferencial foi o uso de pedaleira de efeitos no violão, que foi amplificado. A voz, não foi amplificada. No público, principalmente alunos do Instituto de Artes da UFRGS. Os violonistas acudiram em peso. Os violonistas, seres mais curiosos pela música nova dentro do ambiente conservador da música clássica...
A segunda apresentação (20 de maio de 2007) foi na 1º Mostra de Música Contemporânea organizada pela artista multimídia Klia Stampk Stampk. Tanto a voz quanto o violão foram amplificados. Cuca Medina fez improvisos com a voz processada em tempo real. Sala lotada de um público jovem. Na passagem de som uma fotógrafa tirou os meus retratos mais belos, que serviram de divulgação posteriormente. Nunca mais vi esse olhar mágico...e absurdamente não lembro o nome dessa artista.
A terceira apresentação foi no Restaurante Tablado Andaluz (14 de junho de 2007). Uma mesa com dois amigos atentos, a outra com um público tagarela. Logo Vidala, que precisa do silêncio, como a vida precisa de água. Tempo depois passei uma das gravações para um desses amigos e ele transformou em toque de celular. A apresentação foi feita com violão e voz amplificado. E foi a última. A partir daí Vidala foi feito completamente ‘em pelo’.
A quarta apresentação foi na Semana Acadêmica do Instituto de Artes da UFRGS (2007). Cantar as vidalas no Auditorium Tasso Correa foi uma experiência única por causa da acústica da sala, a melhor que recebeu o show. Lembro os pianíssimos imperceptíveis que consegui fazer pela qualidade do local e pelo público fantástico. Foram 7 pessoas. Mas que pessoas!!
Depois disso veio uma temporada no bar 512 (2008), um local íntimo de público singular. A dona, a artista plástica Daliana Mirapalhete, produziu esculturas em barro representando a mãe-terra, Coatlicue, para eu derramar vinho no ritual que dava início ao espetáculo. A temporada rendeu umas 7 ou 8 apresentações. A relação com o público, numa casa noturna, pouco acostumados como estamos a ouvir o artista, teve momentos diversos.
Ao terminar essa temporada parecia que tinha esgotado as possibilidades do show e iniciei a gravação do CD com Rodrigo Avellar de Muniagurria, processo que iniciou em fevereiro de 2009 e terminou em abril de 2010. Sem dúvida, o melhor registro feito até agora de um trabalho meu.
Em 2010 Vidala foi apresentado no espaço cultural Levo para um público seleto e atento.
Em Florianópolis Vidala foi apresentado na Pizzaria Saint Germain. A freguesia, além de surpresa pelo tipo de som inusitado no circuito de bares ilhéu, recebeu o show muito bem e fez um silêncio extraordinário para o contexto. A segunda apresentação foi no Olho Mágico Espaço Multicultural, contou com um público de artistas ilhéus ‘da pesada’. Por primeira vez ‘discuti’ o show. As duas últimas apresentações foram na Casa das Máquinas, espaço da Fundação Cultural Franklin Cascaes, com o melhor apoio de divulgação que o show já teve. O público foi de curiosos. Algumas pessoas não conseguiram aguentar o show até o fim. Na última apresentação ‘abri o corpo do cadáver’ e expus as vísceras do show, explicando o que significava cada música na narrativa.
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Vidala é a mais acabada síntese do meu trabalho de cancionista, sendo que comecei a ‘inventar’ canções em 1989.
Vidala é rock... é meu jeito e ser roqueiro.
Vidala funcionou como catarse das minhas dores e culpas.
Vidala morreu...
É duro se desapegar de um afeto tão íntimo...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Último Show Vidala

Vidala se despede com show na Casa das Máquinas, fundos do Casarão da Lagoa - Florianópolis.
Quinta-feira às 20h
Entrada gratuita - Chapéu

Em próxima postagem farei o memorandum...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Show Vidala na Casa das Máquinas (Lagoa)

Show Vidala na Casa das Máquinas, no centrinho da Lagoa, do lado da pracinha, atrás do Casarão.
Quinta-feira 13 - 20h
Entrada gratuita (chapéu).
Haverá CDs para quem quiser adquirir.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Show Vidala estreia em Florianópolis

O Show Vidala vai estrear em Florianópolis.
Em versão original (violão e voz).

Dia 5 de novembro de 2010 (sexta) às 21:30h

Na Pizzaria Saint Germain

Endereço:
Rua das Palmeiras, 123
Lagoa da Conceição, Florianópolis / SC

O cd gravado em Porto Alegre entre 2009 e 2010 por Rodrigo Avellar de Muniagurria estará a venda no local.

domingo, 30 de maio de 2010

cartazes






Fotos





Histórico do show

O processo de criação de Vidala começou em dezembro de 2004, em Florianópolis, com a composição de "Pachamama". O ponto de partida foi voltar a escrever as letras das minhas músicas depois de um longo período trabalhando em cima de poesias. O resto das músicas foram compostas em Florianópolis em 2005, exceto "Canção final" (Porto Alegre, 2006). O trabalho foi composto linearmente, na sequência em que é ouvido. Isto porque a narrativa foi construída passo-a-passo e as músicas foram seguindo essa narrativa. Um detalhe interessante é destacar que se por um lado a narrativa guiou a composição das músicas, as letras foram construídas em cima das melodias adaptando-as ao ritmo musical, diferente do processo de "Poetas" (2003) em que o ritmo da palavra guiou a música.

Vidala foi apresentado até a presente data só em Porto Alegre:

- 1 de junho de 2006 no Teatro de Arena.
- 14 de novembro de 2006 no Auditorium Tasso Correa (Instituto de Artes da UFRGS).
- 21 de maio de 2007 na Mostra de Música Contemporânea na Usina do Gasômetro.
- 14 de julho de 2007 no Restaurante Tablado Andaluz.
- Entre agosto e dezembro de 2008 no bar 512 (temporada de 10 apresentações).
- 7 de maio de 2010 no espaço cultural Levo.

Todas as apresentações foram feitas na versão original (violão e voz). No Teatro de Arena o violão foi amplificado e processado por pedaleira, na Mostra de Música Contemporânea e no Tablado a voz e o violão foram amplificados (mas não processados). Na Mostra, Cuca Medina foi convidada para improvisar com voz processada. O resto das apresentações foram feitas em formato completamente acústico.